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Monday, March 9, 2020

PT -- Manlio Dinucci -- A Arte da Guerra -- Na Europa fechada pelo vírus, a União Europeia abre as portas ao exército USA

Photo By: Capt. Ellen Brabo

A Arte da Guerra

 Na Europa fechada pelo vírus, 
 a União Europeia abre as portas ao exército USA 

Manlio Dinucci




Os Ministros da Defesa dos 27 países da UE, 22 dos quais são membros da NATO, reuniram-se nos dias 4 e 5 de Março, em Zagreb, na Croácia. O tema central da reunião (na qual participou, em representação da Itália, o Ministro Guerini do Partido Democrata) não foi o de como lidar com a crise do Coronavírus, que bloqueia a mobilidade civil, mas como aumentar a “mobilidade militar”. O teste decisivo é o exercício Defender Europe 20 (Defensor da Europa 2020), em Abril e Maio.

O Secretário Geral da NATO, Stoltenberg, que participou na reunião da União Europeia, define-o como “o maior destacamento de forças americanas na Europa desde o fim da Guerra Fria”. Os 20.000 soldados que vêm dos EUA para a Europa - comunica o US Army Europe (Exército USA na Europa)- os 20.000 soldados que, juntamente a 10.000 já presentes e a 7.000 aliados da NATO, “espalhar-se-ão através de toda a região europeia”.

As forças USA transportam 33.000 peças de equipamento militar, desde armamentos pessoais a tanques Abrams. Portanto, são necessárias infraestruturas adequadas para o seu transporte. No entanto, há um problema evidenciado num relatório do Parlamento Europeu (Fevereiro de 2020): “Desde os anos 90, as infraestruturas europeias têm sido desenvolvidas exclusivamente para fins civis. No entanto, a mobilidade militar voltou a ser uma questão fundamental para a NATO. Dado que faltam à NATO os instrumentos para melhorar a mobilidade militar na Europa, a União Europeia, que dispõe dos instrumentos legislativos e financeiros para o fazer, desempenha um papel indispensável”.

O Plano de acção sobre mobilidade militar, apresentado pela Comissão Europeia, em 2018, prevê modificar “as infraestruturas que não estão adptadas ao peso ou às dimensões dos meios militares”. Por exemplo, se uma ponte não pode suportar o peso de uma coluna de tanques, deve ser reforçada ou reconstruída. Com base nesse critério, o teste de carga da nova ponte, que em Génova substituirá a ponte Morandi desmoronada, deveria ser realizado com tanques Abrams de 70 toneladas. Tais modificações, inúteis para uso civil, acarretam despesas pesadas para os países membros, com uma “possível contribuição financeira da União Europeia”.

A Comissão Europeia destinou para este fim, uma verba inicial de € 30 biliões, dinheiro público proveniente dos nossos bolsos. O Plano também prevê “simplificar as formalidades alfandegárias para as operações militares e para o transporte de mercadorias perigosas de tipo militar”. O US Army Europe solicitou a instituição de “uma Área Schengen militar”, com a diferença de que a circular não haverá pessoas, mas tanques.

O exercício Defender Europe 20 – foi dito na reunião de Zagreb - permitirá “identificar quaisquer obstáculos na mobilidade militar que a UE terá de remover”. A rede de transporte da União Europeia será testada por 30.000 soldados USA, que “se espalharão pela região europeia”, isentos das normas do Coronavírus. Confirma-o, o vídeo do US Army Europe sobre a chegada à Baviera, em 6 de Março, dos primeiros 200 soldados USA: enquanto na Lombardia, a algumas centenas de quilómetros de distância, se aplicam as normas mais severas, na Baviera – onde se verificou o primeiro contágio europeu do Coronavírus – os soldados USA, ao sair do avião, cumprimentam as autoridades alemãs e abraçam os seus companheiros, sem máscara. Surge, naturalmente, a pergunta: Será que talvez já estejam vacinados contra o coronavírus?

Também se pergunta que objectivo tem “o maior destacamento de forças USA na Europa, desde o final da Guerra Fria”, oficialmente, para “proteger a Europa de qualquer ameaça potencial” (com clara referência à “ameaça russa”), no momento em que a Europa está em crise devido à ameaça do coronavírus (até existe um caso no quartel general da NATO, em Bruxelas).

E como o US Army Europe comunica que “os movimentos de tropas e equipamentos, na Europa, durarão até Julho”, interrogamo-nos se todos os 20.000 soldados regressarão à sua pátria ou se uma parte permanecerá aqui, com os seus armamentos. Será que o Defensor não será o Invasor da Europa?

il manifesto, 10 de Março de 2020



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http://www.natoexit.it/ -- ITALIANO


DECLARAÇÃO DE FLORENÇA
Para uma frente internacional NATO EXIT, 
em todos os países europeus da NATO
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos 
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com
Webpage: NO WAR NO NATO



Saturday, March 7, 2020

PT -- COVID-19: Guia de Sobrevivência


Por Carol Duff, MSN, BA, RN
6 de Março de 2020

A situação do COVID-19 está a mudar rapidamente. Agora vamos abordar alguns factos médicos sobre o vírus, que tem ocupado um lugar proeminente nas notícias, visto que se deslocou da China para outros países. Este é um novo vírus, portanto, as pessoas não têm imunidade contra ele. Não há vacina para o COVID-19, embora esteja a ser desenvolvida. Uma vacina segura e utilizável pode demorar muitos meses.
O COVID-19 tem um período de incubação de, pelo menos, 14 dias. A gripe (influenza) tem um período de incubação muito mais curto, de um a quatro dias. O que significa que uma pessoa infectada com COVID-19 espalhará o vírus por, pelo menos, 14 dias sem parecer estar doente. É um longo período de tempo para transmitir o vírus. Muitas pessoas podem ser infectadas por uma só pessoa e, dependendo do ambiente ao redor da pessoa contaminada pelo vírus, como num avião, numa prisão, num lar de idosos, etc. a quantidade de propagação pode ser muito alta. Com a gripe influenza, a pessoa infectada sente-se doente rapidamente, e tem menos tempo para espalhar o vírus da gripe. Mesmo com o período de incubação mais curto da gripe, o número de infecções é muito alto, maior do que com o COVID-19.
Então, o que podemos fazer para evitar que o COVID-19, o novo coronavírus 2019 e, francamente, também a habitual gripe anual? Existem medidas que pode tomar para ajudá-lo a evitar adoecer. Não é um dado adquirido que o leitor não possa lutar contra o COVID-19.
Os dados mais antigos sobre as infecções virais por intermédio do COVID-19 são que afectam rapidamente os idosos com condições médicas pré-existentes/latentes do coração, pulmão e rins. O sistema imunológico nos adultos mais velhos é menos robusto do que quando eram mais jovens, portanto, eles têm uma capacidade reduzida de combater infecções e doenças. É o grupo que está a morrer de infecções causadas pelo COVID-19.
Como a faixa etária mais avançada tem maior risco de ser infectada pelo COVID-19, existem algumas precauções que podem ser tomadas para estas pessoas se protegerem.
• Fique em casa o máximo possível.
• Quando precisar de estar em público ou viajar, fique longe de qualquer pessoa que esteja doente e lave, lave, lave as mãos com água e sabão e mantenha as mãos afastadas do rosto: nariz, olhos, boca.
• Mantenha medicamentos suficientes e quaisquer suprimentos médicos necessários para várias semanas.
• Evite multidões.
• Evite a viagem de avião devido à falta de ventilação dos aviões.
• Se contar com alguém para lhe dar apoio, verifique se possui outras pessoas que o possam ajudar, se ele ou ela ficar doente.

E os restantes? Vamos começar com o que é muito óbvio. Não beije ou abrace as pessoas ao cumprimentá-las. Por enquanto, evite também o aperto de mão. Não faça saudações que envolvam tocar a mão de outra pessoa. Simplesmente, siga a directriz de "não" tocar ou 100% de não fazer qualquer contacto físicoOs vírus são transmitidos por contacto físico, mas também por outros meios, como gotículas de vírus a flutuar no ar, mesmo depois da pessoa infectada sair da área.
Esfregue e lave as mãos com água e sabão. Use sabão e muita água e esfregue entre os dedos, as costas das mãos, os pulsos, as pontas dos dedos e faça-o durante, pelo menos, 20 segundos. É melhor do que usar desinfectantes para as mãos para eliminar os germes que chegaram à sua pele. Se estiver a sair de uma casa de banho pública, use a toalha de papel para abrir a porta e sair. Se foi um daqueles lugares que só tem um secador de mãos, use a manga do que tiver vestido para pegar a maçaneta da porta. Não há necessidade de levar germes extras consigo. Não toque com as suas mãos em nenhuma maçaneta, corrimões de escadas rolantes ou de escadas normais, num local público.
Desinfectantes para as mãos e toalhetes anti-bacterianos são adequados se não tiver acesso a água e sabão. São fáceis de transportar, mas na verdade não são tão eficazes como as lavagens com água e sabão. O teor de álcool nos desinfectantes para as mãos varia e pode ser irritante para a pele. Deve usar um desinfectante com, pelo menos, 60% ou mais de álcool, esfregar as mãos durante, pelo menos, 20 segundos e deixar a pele secar.
Não posso deixar de salientar, suficientemente, esta importante medida antivírus. Evite tocar o seu rosto, boca, nariz e olhos. Não acreditará quantas vezes durante o dia, inconscientemente, levará os dedos ao rosto, à boca e aos olhos. Pare de tocar o seu rosto! “Não tocar no rosto” será algo que terá de se lembrar o dia inteiro. Lave sempre as mãos antes de tocar no seu rosto. Conhece aqueles colares de plástico que os animais de estimação têm de usar para impedir que lambam, mastiguem uma área do corpo que foi operada ou medicada recentemente? Um cone ou colar de plástico colocado ao redor do pescoço seria perfeito para manter as mãos afastadas do rosto, mas, provavelmente, são considerados inadequados. Existem em vários tamanhos.
Pelo que considera mais sagrado, fique em casa se estiver doente. Não só infectará outras pessoas, mesmo que não tenha o COVID-19, que é o caso mais provável, neste momento, corre o risco de apanhar outra infecção, visto que o seu sistema imunológico já está a ser atacado. Seria útil e ético que as entidades patronais fizessem ajustes para os trabalhadores, para que se sintam livres de permanecer em casa, se estiverem doentes.
Cubra o nariz e a boca com a área interna do cotovelo do braço ao espirrar ou tossir. Isto impedirá que parte da pulverização em aerossol de gotículas virais seja lançada no ar para que outros possam inalar, mas também deixará gotículas virais, talvez na forma de muco, nas suas roupas, que precisarão ser retiradas e lavadas.
Descalçar os sapatos que usava ao ar livre é uma boa prática. Não só evitará trazer vírus para sua casa, mas também evitará as bactérias fecais que causam diarreia, que não é um sintoma da infecção viral por COVID-19, mas que devem ser evitadas.
Use só a máscara facial, se você estiver doente, pois já existe escassez  em algumas áreas. Mas, refiro novamente, que tal ficar em casa, se estiver doente? Os profissionais de saúde usarão as máscaras para impedir que contraiam o vírus dos pacientes doentes que estão a tratar. Além do mais, usar uma máscara pode dar-lhe uma falsa sensação de que pode estar protegido a 100%.
Vá em frente e pense antes de tomar a vacina contra a gripe, a da gripe influenza que não é o COVID-19, mas que está a deixar muito mais pessoas doentes e a causar muito mais mortes do que estamos a ver actualmente com o COVID-19. As vacinas para o COVID-19 estão a ser desenvolvidas, mas nenhuma está disponível neste momento. Quando a vacina se tornar disponível, é boa ideia adquiri-la se estiver a pensar viajar de avião.
Pontos a ter em consideração:
• O COVID-19 está actualmente a matar idosos com problemas médicos antes da infecção viral. Se possível, os idosos com problemas médicos não devem entrar em áreas públicas.
• COVID-19 não parece estar a prejudicar as crianças. As crianças não morreram de COVID-19 e as únicas crianças infectadas com o vírus, receberam-no de um membro da família. As crianças estão a morrer de gripe comum (influenza).
• Pratique a lavagem agressiva das mãos durante, pelo menos, 20 segundos com água e sabão, muitas vezes ao dia, antes de comer e quando estiver em público.
• Não toque no seu rosto sem primeiro concluir a lavagem das mãos recomendada acima.
• Até hoje, 06 de Março, a gripe está a causar muito mais impacto nos americanos do que o COVID-19. O novo coronavírus 2019 é chamado agora de síndrome respiratória grave e aguda ou SARS CoV-2.
• Pequenas gotas do vírus COVID-19 podem permanecer no ar após a pessoa infectada deixar a área.
Infecções
COVID-19: Aproximadamente 101.781 casos em todo o mundo; 260 casos nos EUA em 6 de Março de 2020.
Gripe: Estimativa de 1 bilião de casos em todo o mundo; 9,3 a 45 milhões de casos nos EUA por ano.
Mortes
COVID-19: Aproximadamente 3.460 mortes relatadas em todo o mundo; 14 mortes nos EUA, em 6 de Março de 2020.
Gripe: 291.000 a 646.000 mortes em todo o mundo; de 12.000 a 61.000 mortes  por ano, nos EUA.
BIOGRAFIA

Carol licenciou-se na Escola de Enfermagem Riverside White Cross, em Columbus, Ohio e recebeu o seu diploma de enfermeira. Frequentou a Bowling Green State University, onde recebeu um Bacharelado em História e Literatura. Frequentou a Faculdade de Enfermagem, na Universidade de Toledo e recebeu um Mestrado em Ciências de Enfermagem como Educadora.

Friday, March 6, 2020

EVAGGELOS VALLIANATOS -- Uma Pandemia de Medo


5 DE MARÇO DE 2020
Origem da foto: CDC/Dr. Fred Murphy – Public Domain
Um vírus microscópico tem estado, como sempre, a perturbar os negócios globais: a matar pessoas em todo o mundo, a hospitalizar inúmeras outras e a espalhar uma pandemia de medo. O Los Angeles Times noticiou, em 1 de Março de 2020, o novo corona vírus  “propaga arrepios, diariamente, através do planeta”.
Numa área do tamanho de um quarto dos Estados Unidos, a China bloqueou mais de 100 milhões de cidadãos. As restrições de viagem estão a afectar 780 milhões de chineses.
A máquina humana
Esta intrusão imprevisível de um ser invisível na vasta máquina humana, está a destruir lentamente o mundo no seu rasto mortal.
A máquina humana é extremamente complexa. É formada por exércitos, bombas nucleares, comércio internacional, construção, compra, venda, viagens, guerra, exploração florestal, queimadas na Amazónia, roubando-se uns aos outros entre si - o mundo natural, o êxodo rural em direcção às cidades superlotadas, os obesos e as pessoas famintas a dormir uns ao lado dos outros: alguns dormindo no luxo e outros nas ruas. Entretanto, no meio destas calamidades sociais e ecológicas, os privilégios chovem sobre os bilionários ricos e super ricos.
As autoridades governamentais e a Organização Mundial da Saúde não vêem a interligação entre esse inferno na Terra, a falha da ordem internacional e o vírus.  Limitam-se a emitir instruções sobre a magnitude e os sintomas da doença corona. Nem uma palavra que talvez esse tipo de coisa - ataque antropogénico na Terra, parecido com uma guerra biológica - seja provavelmente a explicação para o vírus corona.
Demasiada população

Esse pensamento é estranho às sociedades e aos países absorvidos na sua luta diária pela sobrevivência. Têm populações a crescer em demasia. Em 1800, o planeta tinha 1 bilião de pessoas. Em 2019, a população mundial era de 7,7 biliões. O número de pessoas continua a aumentar, duplicando mesmo em poucas décadas. Este facto assegura tensões de classes, a exploração dos fracos pelos poderosos, o empobrecimento do mundo natural e ondas perpétuas de migrantes e refugiados à procura de uma vida melhor.
As populações dos países tropicais no sul, estão a crescer mais rapidamente do que as do norte. Algumas delas estão a explodir internamente e a transbordar fronteiras. A guerra, como na Síria, e temperaturas mais altas tornam esse movimento populacional inevitável, trágico e perigoso.
O caos do clima
Ao mesmo tempo, a máquina mundial está a ser ameaçada por um clima diferente e muito mais perigoso. É o resultado de uma apatia de décadas, especialmente por parte dos países do hemisfério norte, responsáveis pela maior parte da poluição da Terra há mais de um século. No entanto, eles continuam a ignorar a destruição corporativa e estatal de florestas, terras e mares. Os principais combustíveis por trás de tais ataques incluem o petróleo, o gás natural e o carvão.
Os cientistas do clima têm dito aos “formuladores da política” em todo o mundo que a queima de combustíveis fósseis é nociva. Está a desencadear o potencial fim da vida. É moralmente abominável e monstruoso. Está a arruinar a civilização.
Os cientistas explicam que o aumento da temperatura mundial está a derreter o gelo nas montanhas e nos mares, com o resultado da  subida e do aquecimento das águas do mar e os oceanos estão a destruir as costas e as ilhas.
As mudanças climáticas estão a mudar a agricultura para pior. A agricultura industrializada está a tornar-se menos produtiva e mais doentia. Os gerentes empresariais e os cientistas continuam a brincar com a engenharia genética das culturas. Também continuam a aumentar as quantidades de pesticidas tóxicos e cancerígenos que pulverizam nos alimentos que as pessoas comem.
As quintas de criação de animais são as principais fontes de gases de efeito estufa. No entanto, tornaram símbolos de riqueza. O abate incalculável e o consumo de animais estão na moda e estão a aumentar. As fábricas de animais estão agora na China a produzir carne para centenas de milhões de pessoas urbanas. Este mergulho na agricultura industrial é um mau presságio para os esforços da China, em se familiarizar com a sua antiga cultura agrária, uma civilização muito menos ecológica.
Os mares e os oceanos mais quentes estão a tornar-se cada vez menos acolhedores para a vida, incluindo para os peixes. Acrescente-se a pesca maciça comercial e o futuro do fornecimento alimentar de peixes torna-se problemático e sombrio.
A mudança climática parece abstracta. Mas não é. É uma força cósmica originada pelas actividades humanas de destruição intencional de ecossistemas, especialmente a agricultura industrializada, o corte e queima de florestas e a queima de combustíveis fósseis. Esse clima despertado é um monstro gigantesco que transforma a Terra num lugar hostil para seres humanos e animais selvagens.
A fragilidade da vida
Isto é importante porque a Terra foi sempre a Mãe Terra: fonte de toda a vida, animal e humana, e da civilização. Os seres humanos atingiram um estado de recursos tecnológicos que ameaça a sua própria existência (com qualquer instalação de armas nucleares) ou com o enfraquecimento mais lento da sua civilização (com a queima de combustíveis fósseis e com políticas ecocidas agressivas).
O que devemos dizer sobre estes factos? Ousamos ligá-los à ciência e ao progresso?
Tenho criticado estes desenvolvimentos abismais e imorais há décadas. Não é que não tenhamos recebido avisos sobre a fragilidade da vida ou sobre os efeitos tóxicos das políticas públicas para fins de lucro privado e não para o bem das populações.
Eurípides, o génio de um poeta que viveu no séc. V AC, em Atenas, fala como se estivesse vivo hoje. Ele exorta-nos a viver com responsabilidade todos os dias, como se esse fosse o último. Ele diz: ‘A morte é uma obrigação’. É o preço que todos pagamos. Hoje, nenhuma pessoa viva pode falar com autoridade sobre estar viva ou morta amanhã. Não importa os estudos científicos que vocês façam, não há como prever o futuro. Ninguém pode determinar a sorte negra. Somos apenas humanos, então pensem de acordo com pensamentos humanos. Prestem atenção em Afrodite e nos prazeres que ela oferece. Bebam um pouco de vinho e vão-se divertir. A vida para as pessoas solenes e irresponsáveis não é vida, mas é uma catástrofe (Alcestis 780-802).
Poder desumano
Essa catástrofe foi codificada no DNA daqueles que construíram bombas nucleares e ainda as mantêm como balas potenciais contra os seus inimigos. Manter a posse  dessas armas destrutivas e genocidas torna possível todas as outras atrocidades contra o mundo natural e contra os seres humanos. Nada é pior que a explosão da energia nuclear. Congela os seres humanos no campo desumano dos exterminadores.
A energia nuclear é uma energia desumana. Está a uniformizar todos os outros males do mundo: queima e desmatamento de florestas, mineração de terras públicas à procura de petróleo, pilhagem do mundo natural, industrialização da agricultura para minerar a terra em busca de comida e queima de combustíveis fósseis e ignorar as consequências das mudanças climáticas .
Não pretendo conhecer as origens do vírus corona: a fonte da actual emergência mundial da saúde. Em 28 de Fevereiro de 2020, o congressista Ami Bera, presidente do Subcomissão das Relações Exteriores da Ásia, do Pacífico e da Não-Proliferação, descreveu o coronavírus como uma “ameaça à saúde pública em rápida evolução”.
Não seria exagero adivinhar, como já fiz, as origens do vírus pandémico nos efeitos nocivos do ser humano sobre o mundo natural, sobre a nossa Mãe Terra. Os biólogos devem fazer a pergunta científica e filosófica se a vida selvagem não perturbada é uma fonte de doenças mortais. Duvido que seja. As doenças provêm de distúrbios ecológicos, muito frio, muito calor, má alimentação, falta de comida, poluição e guerras. No entanto, os relatórios convencionais sugerem que o vírus corona surgiu em Dezembro de 2019 nos mercados de animais selvagens da grande cidade de Wuhan, na China.
Tornar a imaginar o mundo
Se estiver correcto na minha especulação, uma solução real e não cosmética da pandemia exigiria refazer o mundo: proibir as armas nucleares e instalações nucleares; impor um rigoroso controlo da população mundial como o da China; acabar com os combustíveis fósseis, substituindo-os por energia solar, eólica e outras formas ​​de energias renováveis; regressar à agricultura democrática e ecológica em pequena escala sem fertilizantes sintéticos e pesticidas. E, é claro, uma proibição mundial da pilhagem dos recursos do mundo natural.
Eu sei que é um sonho, com a probabilidade de não ir muito longe. Mas sou um sonhador, apaixonado pelo bem e pelo belo. O mínimo que posso fazer, e estou a fazê-lo, é falar a verdade aos que estão no poder.
A ONU e outros cientistas do clima deram aos que formulam a política, cerca de dez anos para a eliminação de combustíveis fósseis.
O desafio de reinventar e concretizar o mundo é imenso. O fogo de Prometeu ainda está aceso entre nós. Vamos usá-lo para benefício de toda a Humanidade. Concentrem-se na restauração da saúde ambiental e pública. Sem saúde, não se faz nada. Herophilos, um médico grego do séc. III AC, escreveu no  seu “Regimen” que, quando a saúde está ausente, a sabedoria desaparece, a ciência torna-se obscura, a força dissipa-se, a riqueza é inútil e o raciocínio impossível (Sextus Empiricus, Against the Matemmaticians 9.50).
No nosso caso, a riqueza dos bilionários em todo o mundo poderia ser bem utilizada nessa luta épica de reconstruir a nossa civilização e o nosso ambiente destruídos.
Mais artigos de: EVAGGELOS VALLIANATOS
Evaggelos Vallianatos, historiador e estratéga ambiental, trabalhou na Agência de Proteção Ambiental dos EUA durante 25 anos. É autor de 6 livros, incluindo Poison Spring com Mckay Jenkings.

Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos 
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com

Webpage: NO WAR NO NATO

Monday, March 2, 2020

PT -- Manlio Dinucci -- A Arte da Guerra -- Trinta mil soldados vindos dos USA na Europa, sem máscara

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A Arte da Guerra

 Trinta mil soldados vindos dos USA na Europa, sem máscara 

Manlio Dinucci

FRANÇAIS  ITALIANO  PORTUGUÊS

Os Estados Unidos subiram o alerta do Coronavírus para a Itália, do nível 3 (“evitar viagens não essenciais”), elevando-o para 4, para a Lombardia e Veneto (“não viajar”), o mesmo que para a China. A American Airlines e a Delta Air Lines suspenderam todos os voos entre Nova York e Milão. Os cidadãos USA que vão à Alemanha, Polónia e outros países europeus, no nível de alerta 2, devem “adoptar precauções acrescidas”.
Há, no entanto, uma categoria de cidadãos USA isentos dessas normas: os 20.000 soldados que começam a chegar dos Estados Unidos aos portos e aeroportos europeus para o exercício Defender Europe 20 (Defensor da Europa 20), o maior destacamento de tropas USA, na Europa, nos últimos 25 anos. Compreendendo os que já estão presentes, participarão em Abril e Maio, cerca de 30.000 soldados USA, apoiados por 7.000 dos 17 países membros e parceiros da NATO, entre os quais, a Itália.


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A primeira unidade blindada chegou do porto de Savannah, nos EUA, ao de Bremerhaven, na Alemanha. Em resumo, chegam dos USA a 6 portos europeus (na Bélgica, Holanda, Alemanha, Letónia, Estónia) 20.000 peças de equipamentos militares. Outras 13.000 peças são fornecidas pelos depósitos pré-posicionados pelo US Army Europe (Exército dos EUA, na Europa), principalmente na Alemanha, Holanda e Bélgica. Tais operações, informa o US Army Europe, “requerem a participação de dezenas de milhares de militares e civis de muitas nações”.
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Chega, ao mesmo tempo, dos USA a 7 aeroportos europeus, o grosso do contingente dos 20.000 soldados. Entre estes, 6.000 da Guarda Nacional, provenientes de 15 Estados: Arizona, Flórida, Montana, Nova York, Virgínia e outros. No início do exercício, em Abril – comunica o US Army Europe  - os 30.000 soldados USA “espalhar-se-ão por toda a região europeia” para “proteger a Europa de qualquer ameaça potencial”, com clara referência à “ameaça russa”.
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O General Tod Wolters - que comanda as forças USA, na Europa e, ao mesmo tempo, as forças da NATO como Comandante Supremo Aliado na Europa - assegura que “a União Europeia, a NATO e o Comando Europeu dos Estados Unidos trabalharam em conjunto para melhorar as infraestruturas”. Isto permitirá que os comboios militares se movam rapidamente, ao longo de 4.000 km de rotas de trânsito. Dezenas de milhares de soldados atravessarão as fronteiras para realizar exercícios em dez países. Na Polónia chegarão a 12 áreas de treino, 16.000 soldados USA com cerca de 2.500 veículos. Os pára-quedistas USA da 173ª Brigada, estacionados em Veneto e os italianos da Brigada Folgore, estacionados na Toscana, irão à Letónia para um exercício conjunto de lançamento de bombas.
Defender Europe 20 está a ser efectuado para “aumentar a capacidade de instalar rapidamente uma grande força de combate dos Estados Unidos na Europa”. Portanto, desenvolvem-se com horários e procedimentos que tornam praticamente impossível sujeitar dezenas de milhares de soldados às regras de saúde do Coronavírus e impedir que, durante os períodos de descanso, entrem em contacto com os habitantes. Além do mais, o US Army Europe Rock Band realizará uma série de concertos gratuitos na Alemanha, Polónia e Lituânia, que atrairão um grande público. As 30.000 tropas USA que “se espalharão pela região europeia” estão, de facto, isentas das normas preventivas sobre o Coronavírus que se aplicam aos civis. Basta a garantia dada pelo US Army Europe de que “estamos a monitorar o Coronavírus” e que as “nossas forças estão de boa saúde”.
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Ao mesmo tempo, é ignorado o impacto ambiental de um exercício militar de tal envergadura. Participarão tanques USA Abrams, pesando 70 toneladas e com armadura de urânio empobrecido, que consumem 400 litros de combustível por 100 km, produzindo forte inquinamento para obter a potência máxima.
Em tal situação, o que fazem as autoridades nacionais e as da União Europeia, o que faz a Organização Mundial da Saúde? Além de tapar a boca e o nariz, colocam a máscara sobre os olhos.
il manifesto, 03 de Março de 2020


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http://www.natoexit.it/ -- ITALIANO




DECLARAÇÃO DE FLORENÇA
Para uma frente internacional NATO EXIT, 
em todos os países europeus da NATO
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos 
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com
Webpage: NO WAR NO NATO